
Acabou por acontecer, doí tanto que magoa ainda mais descrever como foi...
Felizes são os meninos que não entendem como a palavra Adeus pode significar mais que um simples «até amanhã», hoje este ADEUS, significou até sempre Cristina...
Hoje abri os meus braços e deixei voar( a medo) a ave que cuidei no meu ninho, de coração apertado segurei-a entre os dedos até sentir o bater forte do seu pequeno e jovem coração...olhei-a nos olhos como quem se despede de uma raridade, difícil de encontrar...sentia o vento soprar forte e pressentia« é chegado o momento...», beijei-a levemente pela última vez, inspirei alguma coragem no fim de mim mesma e de braços levantados ao céu, fui abrindo, o mais suave que podia, as minhas mãos...até que num sopro de vento a minha ave voou, primeiro com um voou raso e baixo, com que se despedindo, ainda das outras aves que me restam no ninho, depois o vento soprou forte e vi-a voar para longe, longe demais e quando vi, descia a noite e da ave ficara apenas esta saudade, esta recordação de quem cria no seu ninho a cria de outro pássaro...
Cristiana, Gabriel e Lúcia...até sempre!